quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um capricho do sol no jardim do céu

Existe tanta clareza dentro de nós e por que é tão difícil enxergá-la? Buscamos tantas referências, azulejamos chãos de terra quando pisar descalço é livre e permitido. Falamos sobre respeito ao próximo, mas a gente se respeita? Do jeito que é, da maneira como nos redescobrimos? Sobrevoei por alto o Ganges e há tanto ali e no infinito. Tanto há na particularidade de cada ser e no não-ser. Em cada expressividade. Há indianos que se banham em rios sagrados, há índios que caminham pelas trilhas nas florestas tropicais, há gente lutando pela sobrevivência, há populações ribeirinhas. Há tanto desconhecido. Quais são as seguranças que te figuram? O que é que na ilusão lhe prende impulsionando o teu caminho? O que é aparente? O que é teu, interior? Nessa fase de incertezas certas, continuarei deixando que a alma tenha a mesma idade do céu.

Fernanda Yuri
Dia de calma. Tudo está em calma.

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