quarta-feira, 30 de abril de 2008

Fora do corre-corre

Esse corre-corre há tempos não me diz nada. Assusta. Assusta quando você percebe que está impregnado em você mesmo. Colado, grudado, transbordado de si. E eu que vivo a me desfragmentar, deixo escorrer um pouco de mim. Por que tantos significados pra tudo? A gente se embola na própria cola. E fica lá preenchendo a vida. Eu farei as malas e abrirei todos os poros do corpo e os cantos da alma para grudar, assim, um pouco mais de mim.

Fernanda Yuri
Véspera ansiosa de feriado prolongado

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