segunda-feira, 21 de abril de 2008

Das tantas vezes que queremos diferente

Você pode ir a qualquer lugar, estar na companhia de todas as pessoas e ainda vai querer alguma coisa diferente. Por que é tão difícil estar satisfeito? Por que a gente parece sempre estar na busca de algo ao invés de estar presente com os nossos momentos? De alguns de meus caminhos, trago algumas reflexões que firmam mais meus pés a cada passo, mas confesso que muitas vezes essa firmeza some e lá estou novamente a pisar no ar. Foi com o Yoga que entendi, ou melhor, senti a conexão e a integração com algo não para além de mim, mas uma união comigo mesma. Na “prática” – e a dimensiono como prática da vida – a gente percebe que sempre tem a companhia da gente mesmo e que sempre poderá contar com as nossas “incríveis" opiniões. E pensar que por meio de nós mesmos, tantas descobertas são possíveis, só é preciso parar, silenciar, observar para vivenciá-las. Foi também com o Yoga que passei a desejar paz, muita paz, para todas as pessoas. Pois, afinal, quando existe paz, existe plenitude na existência, existe Yoga. A vida nos alerta de uma forma muito clara e simples: é quando um desconforto, um sofrimento, um apego nos afrontam que devemos agir, com o corpo, a mente e o espírito, pois é ali onde está nosso elo com o samsara. Assim, ando um tanto satisfeita com o que a vida tem me dado e não querendo que as coisas sejam muito diferentes do que tem sido. Afinal, sei que os desafios já são muitos e que compreender os meus pequenos e grandes apegos já é, com certeza, trabalho para muitas vidas.

Fernanda Yuri
Maringá, dia de chuva fresca e de malas prontas

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