terça-feira, 11 de agosto de 2009

Pedras nos bolsos


De mansinho, uma nova versão da gente se espreguiça fazendo as antigas couraças de sempre racharem. Para brotar o novo, ser a mesma de outra forma. Quando se vê já não se recorda mais. Não atrapalham mais os ruídos e os estranhos barulhos da incompreensão. O mundo para aqueles que se dispõe se desnuda como um belo e delicado corpo nu. Atraente por suas formas, raro pelo seu equilíbrio. Talvez, aprenderemos a entregar aquilo que não sabemos deixando de carregar todo o passado para poder viver com exatidão o que se é no momento da existência. Cada um dói suas próprias dores porque é assim que tem que ser. Mas temos a opção. E é assim que acontece, acabamos por escolher. Sempre.

Fernanda Yuri
Dia de clarão de dentro

Um comentário:

jane disse...

Oi Fe...que lindo!

Tens um modo unico de escrever...delicadamente verdadeiro
beijos