quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Plie, jettes


Das tantas faltas que sinto, dançar ainda se faz em sonhos. Quando no ar ficam suspensos, além das sapatilhas, o som do piano, qualquer intenção, descobrimos o além e por detrás de nós. Infinitos plies.


Fernanda
Dia de releves para os ouvidos

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Pedras nos bolsos


De mansinho, uma nova versão da gente se espreguiça fazendo as antigas couraças de sempre racharem. Para brotar o novo, ser a mesma de outra forma. Quando se vê já não se recorda mais. Não atrapalham mais os ruídos e os estranhos barulhos da incompreensão. O mundo para aqueles que se dispõe se desnuda como um belo e delicado corpo nu. Atraente por suas formas, raro pelo seu equilíbrio. Talvez, aprenderemos a entregar aquilo que não sabemos deixando de carregar todo o passado para poder viver com exatidão o que se é no momento da existência. Cada um dói suas próprias dores porque é assim que tem que ser. Mas temos a opção. E é assim que acontece, acabamos por escolher. Sempre.

Fernanda Yuri
Dia de clarão de dentro

domingo, 2 de agosto de 2009

Turbilhão

Naquelas curvas perigosas da vida.
No meio de tantos questionamentos.
Diante de tanta insegurança.
As pessoas surpreendem.
Para o bem e para o mal.
A mão que sempre afagou em segundos vira egoísta.
Aquela inimiga para a surpresa de todos, hoje, é pacífica.
Desafetos conseguem apenas ampliar ainda mais o abismo existente.
Os amigos, aqueles velhos de guerra, estão mais uma vez com os braços abertos, mesmo antes de conhecerem a dimensão do fato.
Ah novas pessoas aparecem e estas conhecem com riqueza de detalhes o caminho que nem é delas e diante disso são capazes de ajudar, com base em um pedido e apenas porque não gostam de dizer não.
Cibele Quirino