Espaço para a gentileza na vida como a própria vida nos trata. Somos capazes de perceber, despertar e gratificá-la. A única transformação necessária. Sintamos o amor presente em todas as moléculas de qualquer composição. Tudo a esparramar-se. Nada querer para tudo ter. Nada temer e sempre viver. A névoa que embaça os olhos é somente o susto de enxergar, pois ainda nos entendemos pequenos, separados, conquistadores. Que importam os adjetivos? De certa forma, eles nunca me interessaram. Dificuldades com categorizações e ainda mais com agrupamentos. Semelhanças ou diferenciações para aquilo que é coisa única? Bom, posso ao menos ter interesse, pois a curiosidade é sempre diversão de criança, mas que seja sempre inclusiva e não de distanciamento. Não é preciso desejar ser, já somos e não há força maior do que um coração sincero. Obrigada por traduzir-se de tantas formas. Manifestando-se sempre a todo instante, captado pelos sentidos e pelos não-sentidos. Minha riqueza é poder percebê-lo e continuar. Poder compartilhar com tanta luz pelo caminho. Que minha gratidão seja sincera e sem qualquer desejo de garantias e que minhas insuficiências façam parte do despertar. Desejo que cada pessoa corresponda às suas próprias expectativas como a natureza faz e que doe sem restrições aquilo que é. Obrigada por existir tudo aquilo que perfuma os sentidos, não os excessos, mas o essencial, o suficiente. Obrigada por me permitir amar, com tamanha grandeza, as sutis descobertas. Posso dormir tranqüila, ao menos, essa noite.
Com amor,
Fernanda Togoro
Ano de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
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