terça-feira, 16 de setembro de 2008

Desabafo

Estou triste, por mais que eu acredite em um futuro melhor;
Perdi uma batalha, mas não a guerra; e sei que persistência é vital
Eu canso, sem saber onde estou, no começo, no meio, ou quiçá no fim da travessia,
Pela primeira vez senti meus sonhos, desejos mais profundos dizendo para o racional, que estavam cansados, exaustos;
Frases de efeitos, ditados populares, a vida escrita nas estrelas nada faz sentido quando se tenta e por pouco ou por muito o sonho ainda não foi concretizado
Na vida de duas faces, a mesma que adia na melhor das hipóteses o sonho palpável também consola, por ser cíclica e mutável sempre
Mas agora nada disso importa, porque como sempre e como nunca aconteceu, eu queria para ontem.
Cibele Quirino (texto + velhinho, o mesmo do sarau)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Tanto faz


E já é tudo de repente diferente. Deixando de ser e sendo no exato momento. A chama dança solta pra lá e pra cá e dançando com o carinho do vento permanece acesa. Sigo silenciosamente e ainda tantos apegos se fazem presentes. Muitas vezes o choro vem com o medo ou com o encanto, não sei mais levar a vida sem repousar em luz. Luz de dentro, luz de todos.
E quem sabe, viver como Vinicius? Amando. Como se a gente ao pisar no chão, a cada batida do pé, fosse capaz de espalhar paz e uma corrente se conectasse. Mas é não sabendo que aprendemos, não? E talvez essa seja a exatidão do que é ter vida. De resto? A gente só acha que conquistas são acumuláveis: dinheiro, livros, títulos, horas ocupadas, e-mails, desejos, cada um dentro de suas especialidades. Um dia quem sabe, perda ou ganho, tanto faz.

Fernanda Yuri
Dia de noite fria